27 novembro, 2009

Partilho a linda mensagem que recebi sobre o projecto Compota

A dança insiste comigo, mesmo quando tapo o corpo e o seguro.
Chega a doer, como sabes.
É espasmódico.
Tenho aprendido com a dança a sê-la sem pensá-la.
E deixá-la acontecer como um grito que irrompe
ou como um bálsamo que cura
limpa e afasta os véus
É o caminho que escolhi nesta odisseia da auto-descoberta.
No âmbito da minha pesquisa optei há já alguns anos pelo processo criativo transmodal
Junto músicos, bailarinos, actores, escritores, artistas plásticos e audiovisuais.
Procuro abrir uma arena em branco
uma constelação propícia onde todos se dão ao nível do não dizível
Cada vez me faz mais sentido o trabalho do imprevisível
porque o incrível só nasce se não pensado.
Danço primeiro e penso depois.
O meu pensamento é sempre pouco para abrir as portas da percepção,
então semicerro-o e as portas entreabrem e eu espreito sem fazer alarde
sigo e reajo.

A Compota é um exemplo de fazer Arte como já não pode mais deixar de ser:
Uma verdadeira batalha que reúne guerreiros e amantes no confronto irrefutável do agora.

Gostava muito de me cruzar contigo nesse ponto.
Senão já,um dia qualquer.

Abraço

Pedro Paz
http://oficinadopaz.blogspot.com